Domingo, 8 de Abril de 2007

Violência Agressão

“Bullying”
 
O termo inglês “Bullying” não tem uma tradução literal, na aproximação mais portuguesa podemos chamar “Torturantes”, mas o termo compreende todas as atitudes agressivas, físicas ou psicológicas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação aparente.
Alguns autores estendem a acção do Bullying, a todas quadros sociais, quer escolas, empresas e até mesmo no ambiente militar, porem a maioria de estudos centram-se no ambiente estudantil desde o pré primário até ao ensino superior.
Este fenómeno, não é um problema regional ou localizado geograficamente, é um problema mundial, e curiosamente as escolas dificilmente admitem, a existência deste fenómeno as suas instituições.
Alguns especialistas no estudo deste fenómeno, dividem o fenómeno em duas categorias.
  • Bullying directo
  • Bullying indirecto, também conhecido como agressão social.
 
A primeira, mais em acções físicas; Agredir, Bater, Empurrar, Ferir, Roubar, Quebrar objectos da vítima, Sexual…
A segunda; mais a nível psicológico; Ofender verbalmente, Humilhar, Discriminar, Isolar, Perseguir, Assediar…
E esta segunda categoria, por vezes a mais difícil de identificar e controlar, são mesmo as mais eficazes nos objectivos dos “Bully”.
A vítima é atacada psicologicamente de várias formas:
·        Criticada pela forma de vestir.
·        Evitar que a vítima se socialize.
·        Descriminação pela raça.
·        Descriminar pala incapacidades.
·       
 
E quais são as características do “Bully”?
Pertencem, frequentemente a famílias desestruturada, em que entre os seus membros é baixo o relacionamento afectivo e aqui o factor económico não é determinante ou será secundário em relação as primeiros.
Escolhem as vítimas ao aperceberem-se da sua fácil intimidação, esta percepção é a própria vítima que sem se aperceber lhe transmite um forte sentimento de insegurança. 
Inicialmente no inicio do anos escolar, as vítimas são escolhias no grupo dos “choramingas”, inicialmente a oferta é enorme, com o decorrer do ano vão reduzindo e segundo indicadores, no inicio cerca de 22% dos alunos se queixam de terem sido submetidos a pressões. No final do ano escolar esse número baixa para 8%. (dados de um artigo de Hara Marano da Revista Psychology Today).
Os autores do “Bullying” normalmente são comummente deficitários de afecto e pouca empatia e tem grande probabilidade de se tornarem adultos com comportamentos anti-sociais e violentos.
E paradoxalmente, são indivíduo com grande auto estima, daí normalmente fazer questão de ter alguns membros do grupo a presenciar os seus “feitos”, que não interferem ou, por medo de se tornarem também vitimas ou por admirarem os feitos do “torturador” e isto permite-lhes ter uma atitude favorável à necessidade de dominar a vitima.
  O que leva a este comportamento, a este fenómeno, não novo, mas cada vez mais notório?
A origem familiar pode ser uma causa, mas quando não se consegue atribuir a estas causas?
Porque as crianças processam mal a informação que recebem?
É um caso de anormalidade, que requer cuidados clínicos?
Voltado à introdução deste trabalho; (em todas as culturas ou estratos sociais, as brincadeiras violentas das crianças surgem espontaneamente, logo que começam na fase de andar, como que uma predisposição inata, explicável talvez pela necessidade de selecção desde o inicio da espécime humana, ao jeito de evolução e apuramento dos mais fortes que sobrevieram ás competições sexuais, às guerras tribais e a todos os aspectos de violência, ou seja uma predisposição inata à violência), a partir da constatação de factos poderá –se explicar este fenómeno?
Os factos sim, as consequências ainda não.       
 
E quais são as consequências do fenómeno “Bullying”?
Alguns “Bully”, (bem sucedidos) transitam para o mundo do trabalho continuando a saga da tortura, depois de fazer alunos trocar de escola, abandono dos estudos e em casos mesmo extremos levar alunos ao suicídio, se a escola foi o gáudio do “Bully” na empresa é o “doutoramento”, aqui ele, se está numa hierarquia que não admite ser questionada, sabe que as suas vítimas não têm fuga possível, por condicionamentos económicos, familiares, etc.
Imaginemos um “Bully” que até um elemento técnico excelente nos quadros da empresa, quem vai ousar pôr em causa a sua conduta se ele é imprescindível para a administração?
 Quais os riscos de este fenómeno social incontrolável?
Cada vez é mais caro o preço que se paga por ter um “Bully” numa escola numa organização, é um psicólogo que cita á revista “Psychology Today” o exemplo de um grade hospital a onde o “Bully” era um médico brilhante que chefiava o departamento de radiologia há onze anos.
As torturas eram assunto certo em todas as entrevistas em que o pessoal técnico vinha apresentar a sua demissão.
Porque é que o hospital só se decidiu tomar medidas agora? O administrador confessou que hoje em dia era caro de mais admitir e ver partir pessoal”.4
Ora, seja qual for a origem, as causas, da agressão /violência, é possível minimiza-la mesmo que se venha a concluir que, pode fazer parte génese humana para apurar os mais fortes, os mais capazes, os mais perfeitos, mas pode e tem efeitos secundários!
 
publicado por meirelesagora às 23:47

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Domingo, 28 de Maio de 2006

A interacção entre as pessoas e o espaço urbano

A interacção entre as pessoas e o espaço urbano
 
Na passagem do rural ao urbano, há inevitavelmente a perda da socialização das comunidades rurais, e isto acontece quando as pessoas se deslocam do meio rural para os meios urbanos, mas acontece e não é já muito raro quando o meio rural é urbanizado.
Reparemos, por exemplo o que vem acontecendo com Vila Nova de Gaia, a onde muitas freguesias de características tipicamente rurais são a coexistência, entre o moderno centro comercial e o terrenozinho de alfaces e feijão verde.  
Mas a sociabilidade é uma coisa inata no homem, faz parte dele, a aproximação aos outros, se associa de várias formas, colectividade, grupos da “sueca” das excursões… e talvez nas sociedades ocidentais isto seja uma das características, sei lá se uma característica “Latina”, de estabelecer redacções sociais, partilha de espaços comuns como por exemplo, a administração de condomínio, que é característica dos meus urbanos, que os nossos avózinhos não sabia o que era isso de ser condómino.
Então cada urbanização, cada bairro, as cidades, vão criando associações que intervém na área da cultura, desporto, lazer etc.
E nesta óptica da interacção entre as pessoas e o espaço urbano, em que são fundamentais as oções de coesão social, de cidadania… mas… “Os fenómenos culturais surgem de causas profundas, de transformações estruturais da sociedade, de mudanças de economia e das classes” Francesco Alberoni, em: “Público e Privado”.
Uma mudança impõe isso mesmo, as regras passam a ser outras, a relação de comunicação entre indivíduos ou grupos se adapta em função do ‘habitat’, mesmo que isso implica por vezes a perca de identidade etnológica.
E por paradoxalmente que pareça, as pessoas tornam-se tanto mais reivindicativas e críticas quanto mais as organizações, e associações lutam para melhorar o seu nível de vida, no mínimo tentar minimizar as dificuldades.
Isto tem explicação, é como os filhos que não precisam de lutar para obter; o jogo de vídeo, a bicicleta o MP3… isto tem explicação tem sim senhor… mas vou deixar isto para a próxima intervenção.  
 
arlindo meireles
publicado por meirelesagora às 21:59

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Quarta-feira, 24 de Maio de 2006

estou com pouco tempo, mas vou acrescentar mais assuntos...

Acho este parte do text de Alberoni Fabulosa, não acham?

 

O BARULHO
 
Porque é que nestes últimos anos se fala de boas maneiras e se lêem livros sobre o assunto? Apenas porque anteriormente havia uma cultura de esquerda e hoje há o refluxo e o reaganismo? Não creio. Os fenómenos culturais surgem de causas profundas, de transformações estruturais da sociedade, mudanças de economia e de classes. A mim parece-me que o interesse pelas boas maneiras e pela vida social é a consequência de um significado diferente do corpo e este, por sua vez, da passagem de uma sociedade industrial, dominada pelo trabalho manual, a uma pós-industrial, dominada pelo trabalho intelectual e pelos serviços.
Para examinar o problema tomemos, como exemplo, dois ambientes sociais completamente diferentes.
O primeiro é um bairro onde apenas vivem trabalhadores manuais. O segundo uma zona habitacional da burguesia rica e intelectual. Pensemos num dos bairros de Nápoles, ou em certas casas populares tradicionais e para segundo, num condomínio de luxo, com a relva cuidada sobre a qual as crianças podem brincar.
A primeira coisa que se apercebe no primeiro é o barulho. Todos os rádios estão em alto volume, as casas com as janelas abertas.
Todos podem ouvir o que acontece no apartamento vizinho. Não apenas porque são finas, mas também porque todos os sons são mais altos, não controlados. A mãe que ralha com o filho, que discute com o marido, que acusa. Os rumores violentos dos objectos atirados ao chão. A porta que bate com força os passos ribomba no tecto, as marteladas. Ninguém pensa que os seus actos possam perturbarem os outros. Se alguém protesta, respondem-lhe secamente que, na sua casa, faz aquilo que quer. Mas também que protesta não se comporta de forma diferente. Logo para começar fá-lo a gritar. Depois, se encontrar o vizinho no patamar, discute animadamente de forma que todos o ouçam. É como se quisesse fazer ouvir, quisesse assinalar aos outros a sua presença, e, se protesta, é apenas porque se sente excluído. De tal forma isso é verdade que, quando é convidado a entrar, esquece imediatamente os seus desejos e também ele se junta ao barulho da casa. Como quem é admitido numa festa onde se canta e se dança. Esquece a cólera e também ele canta e dança.
Que quer dizer tudo isto? Que essas pessoas são incivilizadas? Nada disso. Apenas que afirmam a sua existência por meio de certas actividades corporais barulhentas, que comunicam através delas. Por outro lado, encontramos um comportamento análogo entre os rapazes de todas as classes sociais. Mesmo os filhos dos ricos, que quando estão na rua, se movimentam em grupos barulhentos, gritam e gesticulam. A rapariga, aflorada por brincadeira, lança um berro. Dois rapazes simulam uma luta violenta, exagerada, ou então andam em motos sem escape, com um ruído lacerante que os assinala à distância de quilómetros, que atravessa os vales, que corta o silêncio da montanha.

Esse comportamento provém da impaciência que o rapaz dá ao corpo e à fisiologia as todas as suas manifestações. A moto não é apenas um meio de transporte, mas um instrumento para assinalar a sua existência e para se alargar fisicamente. Aquilo que assemelha os jovens aos trabalhadores manuais é a centralidade do corpo. Para quem faz pesados trabalhos físicos, o corpo é o instrumento mais importante. Quanto mais o seu corpo é forte, maciço, poderoso, mais feliz se sente.

....................

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sinto-me: Preciso de dias de 48 horas
publicado por meirelesagora às 00:13

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